quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quarto dia fora da clínica

Dia 14/07 – Quarto dia fora da clínica

Escrito por Francine:


Psicóloga e terapia familiar. Minha mãe conversou com a psicóloga e me estressou. Fiquei cansada ao andar pelo Centro a tarde. Fiquei muito feliz e chorei quando encontrei e abracei a Carina, uma amiga minha.
Durante a consulta disse que estava ansiosa para que acontecesse tudo muito rápido, para que voltasse minha vida normal rápida. Parecia estar bem.
Fui ao dentista (sempre acompanhada do meu pai ou minha mãe)
Ao deitar, a noite, tive sentimento de tristeza e dificuldade de chorar, mesmo querendo muito.
Também fui a um lugar para me benzer. Fui ao médico da perícia, por causa do meu afastamento do trabalho e deu tudo ok, sem stress.

A recomendação era que ela não poderia sair de casa sozinha, de forma alguma. Era como se ela estivesse internada, pois sempre precisava estar acompanhada por alguém de muita confiança.
Nesses dias ela não tinha celular, não podia dirigir, só falar no telefone com alguém que meus pais soubessem, e fosse de confiança
Quanto a consulta com a psicóloga, a Francine achava que sabia tudo e ninguém poderia se meter. Ela queria ditar as regras.

Beijos
Isabela

terça-feira, 27 de julho de 2010

fotos

Olá,

Estão me pedindo para postar fotos da Francine logo que saiu da clínica. Eu procurei e não achei nenhuma foto logo após a sua saída. Mas vou procurar no computador da minha mãe porque ela deve ter. De qualquer forma, no dia do aniversário da Carol, amiga da Fran, dia 08/04, eu postei umas fotos da duas. A última foto é de setembro de 2009, quando elas alugaram um casa numa praia com uma turma para passar o feriado de sete de setembro.
 Estou colocando aqui duas fotos dela, um pouco antes da internação. Ela estava mais magra, abatida, mas esse foi o pior estágio da aparência que ela ficou, ou seja, não muita coisa diferente.

A primeira é foto é da Francine com a nossa avó, e foi tirada uma semana antes da sua internação. A outra foto é no casamento da nossa prima Larissa, no dia 16/05/2009, um mês antes da internação.
Nesse dia nós ainda não sabíamos que ela usava drogas. Mas nós ficamos muito preocupados com a sua aparência magra, a sua pele sem vida, porque ela sempre foi muito bonita. Depois do casamento eu falei para a minha mãe: "não pode ser normal, estavam todas as nossa primas no casamento, todas muito bonitas e arrumadas, e a Francine está com cara de doente mãe. Com certeza ela tem alguma coisa!"

Beijos
Isabela

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Terceiro dia fora da clínica

Dia 13/07 – Terceiro Dia fora da clínica

Escrito por Francine:

Na clínica eu estava fumando 20 cigarros por dia. Diminui a cafeína e passei para 5 cigarros ao dia, no máximo.
Andei a tarde inteira pelo centro com a mãe. Andei muito. Irritação por querer tomar mais café e fumar mais um cigarro.
Me veio na cabeça sobre a droga, mas não vontade de usá-la. Agoniada para falar com mais pessoas e não poder. Agoniada para sair sozinha (mas não para usar drogas, que reação eu teria?)

Ela estava em conflito com ela mesma. Queria voltar a vida normal, para testar sua reação. Ela queria saber se conseguiria aguentar.
Fotos da Fran:
Essa foto foi tirada na clínica veterinária onde ela trabalhava. Ela amava a sua profissão e os animais. Essa foto foi tirada em agosto de 2008, quando ainda não estava envolvida com drogas. Bem, foi nessa época que ela começou a usar esporadicamente, segundo seus relatos.

Abraços
Isabela


quinta-feira, 22 de julho de 2010

Segundo dia fora da clínica

Dia 12 de julho – segundo dia fora da clínica

Escrito por Francine:

Aniversário da minha mãe. Ao chegar ao restaurante meu irmão pediu para eu sentar em um lugar que tinha muito vento e eu não aceitei. Pedi então para fechar a janela. Ele se revoltou. Logo meu pai chegou e pediu para sentar onde eu estava. Eu e meu irmão discutimos novamente, levantei do lugar para sentar em outro e sem me controlar mandei ele “tomar no cu”, bem alto no restaurante e ele respondeu: quer levar um soco? E eu disse: vamos ver quem ganha. Depois meu humor melhorou, fomos para Florianópolis. Fiquei feliz ao falar com duas amigas por telefone.

Observações:
Ela estava visivelmente irritada, de mau humor, não queria muita conversa. Nestes primeiros dias ela já começou a tomar as rédeas da situação. Ela queria impor as regras, sempre se fazendo de vítima e deixando claro que se a pressão fosse muito grande ela poderia ter uma recaída. No começo ninguém cedeu, mas com o passar do tempo, essa situação foi ficando complicada. Ela dizia que precisava de um pouco mais de liberdade, que estava bem e deveríamos deixá-la seguir seu caminho. Em nenhum momento o médico chamou meus pais para uma conversa sobre o que ela poderia ou não fazer, só conversaram por telefone. Essa conversa deveria ter acontecido na frente dela, o médico explicando para os meus pais e ela escutando. Porque era ela que fazia o intermédio entre meus pais e o médico. Como confiar numa pessoa doente? Foi tudo muito complicado!

Abraços
Isabela

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Primeiro Dia fora da clínica

Dia 11/07 - Primeiro dia fora da clínica

Escrito por Francine:

Eu me senti esquisita fora da clínica, inquietação após almoçar, preferi ficar lavando a louça e limpando as coisas do que conversar com a minha família. Antes de almoçar fiz a oração e chorei. A noite me senti alegre, saímos para jantar. Após tomar medicação, falei muito e parecia "fora da casinha". Dormi mal.

Observações:
Os meus pais foram no sábado de manhã buscá-la na clínica. Fizemos um almoço na minha casa. Meu irmão e minha cunhada também estavam. Nós estávamos felizes com a sua volta, e para nós estava tudo bem, mas dava para perceber que ela estava um pouco distante, mais quieta. Normal, depois de um mês fora do convívio social, e ansiosa para continuar o tratamento, para saber sua reação dali em diante. A tarde fomos na farmácia comprar os remédios: Depakote, Diazepam e não tenho certeza, mas acho que Amplictil também. Eles foram embora no fim da tarde. Ela queria muito sair, se divertir, ver pessoas bonitas. Então, meu irmão e minha cunhada sairam com ela para jantar em Balneário Camboriú, e ela disse que se divertiu.
Me chamou a atenção um episódio que aconteceu durante o dia. Eu comprei umas garrafas de cerveja sem álcool para fazer um brinde pela seu retorno. Achava que ela podia beber essa cerveja, porque não tem álcool, mas depois soube que ela não podia também, porque lembrava a bebida alcoólica. Fizemos um brinde, nós duas, e ela simplesmente virou o copo num gole só e falou: ah que saudade, como eu precisava disso. Fiquei assustada com essa reação dela em frente a uma bebida.

Abraços a todos
Isabela

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A recuperação fora da clínica

Olá!

Estou impressionada com a quantidade de acessos no blog! Para quem está começando a acompanhar agora, o ideal é ler desde o primeiro post, pois vai contando toda a trajetória da Francine nos vinte e seis dias na clínica de reabilitação. E durante os posts eu vou mostrando um pouco mais da minha irmã. Tem a carta da minha mãe, em abril, que conta tudo o que aconteceu no dia do seu falecimento.
É uma história muito triste, principalmente porque não tem um final feliz. É dolorido mexer na vida dela, expor tudo o que nós passamos. Mas ao mesmo tempo é reconfortante saber que estamos ajudando quem necessita. Quando descobrimos que a Francine estava envolvida com drogas, ficamos totalmente "perdidos", não sabíamos como agir, e não tínhamos ideia da dimensão do problema. De forma alguma imaginávamos que ela poderia voltar a usar, e assim, tão rápido, usar tanto ao ponto do seu organismo não aguentar. O nosso maior medo é que ela sofresse um acidente de carro, matasse outras pessoas. Com isso é que nós nos preocupávamos.
Ninguém imagina que uma pessoa tão bonita, com uma família estruturada, formada, pós-graduada, com uma profissão que ama, pode entrar num mundo desses. E ainda com 25 anos!!!! Ou seja, como uma médica veterinária, que entende como age a droga no organismo, pode se envolver a tal ponto?
Ela gostava muito de sair, fazer festa, beber, se divertir. Como a maioria dos jovens gostam. Normal, mas não passava disso. É essa certeza de que "nunca vai acontecer comigo" que preocupa.
Só para ter uma ideia, nso sábado anterior a sua morte, nós estávamos conversando e não sei porque falamos de crack, uma droga que ela nunca tinha experimentado. Ela me disse assim: Ah Isabela, mas o crack é bem pior, o crack MATA. Como se a droga que ela usava não matasse. Ela não esperava por isso!
Divulguem o blog, mostrem para todos os jovens que vocês conhecem, mostrem como o problema pode estar dentro de casa,  no vizinho, ou tão próximo que ninguém imagina.
Existe aquela pessoa que pode usar drogas a vida toda, esporadicamente, e nunca ficar viciado. Mas tem pessoas que se usar apenas uma vez, já vicia. Então, por que correr esse risco, se a vida é tão bela e temos tanta coisa para aproveitar?
Também acho muito importante o depoimento das pessoas que estão em recuperação, dos que são usuários e estão tentando sair dessa. E daqueles que já estiveram envolvidos e hoje tem uma vida melhor. São depoimentos que ajudam quem está em recuperação e os lê, pois dá força para seguir em frente.
Nessa semana vou começar a postar o que aconteceu com ela na volta para casa. Durante o mês de julho, ela deixou escrito num papel tudo o que se passava pela sua cabeça, como ela estava se sentindo em casa e no trabalho, uma nova vida sem as drogas. E depois, em agosto, ela deixou escrito no seu netbook, ela escrevia no trabalho como se sentia e o que acontecia com a sua vida.
Continuem acompanhando e divulgando!

Um grande beijo
Isabela

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vigésimo Sexto Dia - o último da internação

Escrito por Francine:


10 DE JULHO - 26 DIAS - SEXTA-FEIRA
Acordei várias vezes a noite, angustiada, parecia que iria embora hoje. Bem, para começar, aquele café da manhã no quarto, com bolachinhas e água. Acordei as 7:00 hs. Café da manhã com 2 pães de margarina e presunto e depois uma cuca de farofa. Teve grupo com o Dr João, foi o mais emocionante e chocante para todos. Vou contar a historia da Dona Jucélia, Célia como gosta de ser chamada.Casou aos 15 anos. Teve uma filha deficiente visual, 3% em um olho e 4% em outro (hoje é casada e tem filho.) Depois teve outro filho que até hoje não sabe se usava droga,s mas acha que sim, que morreu num acidente de carro aos vinte e poucos anos. O marido, ela se separou logo porque batia nela e não era alcoólatra e nem drogado. Ela se internou como louca em um hospicio no Parana na década de 70 (ela tem 56 anos). A enfermeira a jogou num cubículo o qual recebia comida por baixo da porta e tinha que comer com as mãos. A enfermeira também judiava dela e a sacudia como se ela fosse louca e ela não tinha nada. Foi amarrada numa cama, pés, braços, pernas e mãos, com camisa de força e ali ficou 4 dias e quando retiraram saiu toda a pele junto.............sem comentários. Ela já estava separada e superou tudo sozinha, tem uma lanchonete no interior do Paraná e tem depressão profunda, mas nunca mais quis se relacionar com ninguém, trabalha bastante e veio para cá com depressão profunda mas sempre teve e nunca deixou atingir, mas sim veio mais pra descansar. Hoje foi a primeira vez desde que aconteceu que ela conseguiu contar essa historia, foi chocante, não teve quem não se emocionou. Depois ela veio olhar pra mim no fundo dos meu olhos..."Filha te cuida, você é linda, dá alegria para teus pais, você tem apenas 26 anos. És linda, inteligente, encara com força, dá muita alegria para tua família e mostra tudo o que você aprendeu aqui dentro". Fernando, um interno que usava crack, foi embora hoje e foi direto para uma fazenda, o pai dele veio buscá-lo. Ele não tomava banho aqui e começamos a perceber porque ele grudava em todo mundo e sempre manipulava alguém para dar algo a ele, começamos a notar a mão suja e o mau cheiro, então a enfermaria foi avisada. Ele mal sabe ler, nunca lia nas reuniões e os filmes tinham que ser dublados. Jane também contou que apanhou duas vezes do marido durante essas 7 separações, e que não usa batom pela cicatriz que ficou na boca, pois acentua a cicatriz quando ela passa batom. Dr. João colocou para nós que Silvana apanhava do marido também, daí sim, me emocionei mais ainda, e ela, coitada, chorava sem parar e o que mais me indignou foi a visita dele no sábado aqui para ela, o quanto ela o abraçava e beijava e dizia que o amava, e ele um cara com uma cara de anjo, conversou comigo...também, não sei há quantos anos foi isso, mas sei que ela é paciente do Dr. João há 22 anos. O grupo foi muito chocante chorei muito. Depois teve a reunião sobre o final de semana, mas mesmo assim tive que participar por ordem do Dr.. Depois, almoço, comi igual uma porca grávida, só posso estar com vermes novamente. Comi 2 pratos de macarrão com alho e feijão e salada, mas foram 2 pratossssssssssssssssssss. Dormi, depois falei com a minha irmã e minha mãe e nem lembro o que, tava dormindo! A tarde tivemos psicóloga, ela entregou a letra de uma música do Michael Jackson, depois eu escrevo porque já está guardada na mala, colocou a música e cantamos, Muito bom! Me emocionou. Dra Suzana declamou um poema o qual também vou ter que escrever depois porque está com ela. Foi tudo maravilhoso, até começarem a discutir sobre a morte dele e sobre exporem a filha no palco pra falar e tals, cada um dando uma opinião. Júlio com suas perguntas mais cretinas e julgamentos piores ainda. Amélia perguntando para a psicóloga (porraaaaaaaaaaaaaaa, que vem de Florianópolis, para no tratar, só tem 1 hora de atendimento aqui) e fica perguntando a opinião dela sobre a família de MJ exporem a menina no palco poraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, fui obrigada a dar um grito e pedir para todos pararem de falar disso, Júlio olhou para mim e disse: calmaaaaaaaaaaaaaa Francine e eu respondi: não, para perguntas idiotas eu não tenho calma e o nosso trato aqui não é para isso), daí ele: I’m sorry Francine, e eu Fuck you Júlio! Ah, vai a merda! Fica discutindo que ele negou a negritude e tals.............ai vai se tratar, porra tem um filho que nas 11 internações dele nunca ligou e nem veio visitar. Quem é ele para dar opinião alguma sobre MJ, um cara de tantos talentos e com certeza defeitos como todos nos! Me irritei. Não comi no café da tarde, dormi, acordei 17:30 hs e pedi um misto duplo. Assisti pela metade o filme (querem acabar comigo) e depois janta. Sopa de batata, adorei, estava muito gostosa. Tomei banho. Arrumei minhas coisas e desci pra assistir a novela, jornal, novela....estou com sentimento se angústia, ansiosa e medo, sei lá meu sexto sentido....parece que algo não está bem com a minha familia. Está chovendo aqui e lá, a estrada está ruim, estou com medo....mas vou lembrar do segredo e vai dar tudo certo!!!!! Já tomei o remédio e parece que não dá mais efeito hahahahah, Estou agoniadaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!! Não vejo a hora de abraçar meus pais! Ver minha família reunida novamente! Eu destruí e eu que vou construir novamente! Só depende de mim. Tudo o que aprendi vou botar em prática lá fora. A vida me espera! Que felicidade imensa!!!!!!!!!!!!!!!!

SÓ POR HOJE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! FUIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!!!!!!!!!!

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Música do Jota Quest

Oi!

No sábado passado eu fui numa festa e tocou uma música do Jota Quest, "Do Seu Lado". Ao cantar a música, prestei atenção na letra que dizia "VIVER É UM ARTE, UM OFÍCIO, SÓ QUE PRECISA CUIDADO....". Lembrei muito da Francine, principalmente escutando o Jota Quest, que ela adorava.
Ela levava a vida nas última consequências. Aproveitou tudo o que podia, disso ninguém pode ter dúvida. Todo mundo tem uma história divertida para contar que viveu com ela. E eu lembrei de uma história que ela viveu com o Jota Quest, quando eles se conheceram num Planeta Atlântida.
Depois do Show, já de manhã, eles inventaram de ir p/ a praia Brava. Mas ela precisava pegar roupa, biquini, etc. Acho que ela foi com eles até o Majestic, onde estava hospedados. Lá, ela disse que tinha que ir até em casa trocar de roupa. Tinha um cara, bem amigo da banda, que disse que ia com ela. Aí ele falou: vamos de taxi? Ela respondeu: que nada, vamos a pé mesmo. Foram até o apartamento. Quando chegaram, ela disse p/ o cara: agora espera aqui embaixo, eu não vou te deixar subir porque eu não te conheço (nesse ponto ela sempre foi muito correta). O cara deve ter ficado doido. Pegou as coisas dela e desceu, o cara disse: agora vamos de taxi.. Ela respondeu: a gente pode ir de ônibus, kkkkk, eu não tenho grana p/ o taxi. Ele disse: não, pode deixar que eu pago. E eles foram de taxi, se eu não me engano, até a Praia Brava. Chegando lá, ela foi se deitar para pegar sol, viu que tinha esquecido o biquini. Olha a viagem, ela tinho ido em casa pegar o biquini. Deitou na areia e ferrou no sono, de roupa e tudo. Um dos caras do Jota Quest chamou ela e disse: ei, tem um cara vendendo biquini na praia, escolhe um para ti. E ela foi lá e escolheu. E depois ficou lá com eles o dia todo bebendo,comendo e fazendo festa. Ela me mandou uma mensagem no fim da tarde dizendo: "estou com o JQ na praia Brava". Eu não entendi nada e liguei, então ela contou. Estava sem dormir, dois dias fazendo festa, com eles na praia.
Assim era a minha irmã. Não perdia uma festa, era parceira, estava sempre pronta. Vivia o momento, sem pensar nas consequências. Mas não soube tomar cuidado.....
Se alguém que está acompanhando o blog tiver algum contato com o pessoal do Jota Quest, gostaria que pedisse para eles divulgarem o blog. Ela teve contato principalmente com o Márcio, o tecladista. Ela ligou para ele quando estava na clínica, não sei se falou a verdade. Teve uma vez que ele veio para Floripa e ela o levou para jantar na casa do Amauri, amigo dela. Eles mantinham certo contato. Não sei se ele sabe o que aconteceu, mas com certeza ele se lembra dela.

Beijos a todos
Isabela

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Sobre os últimos dias

Oi Pessoal,

Gostaria de registrar aqui a minha opinião sobre o que aconteceu naqueles dias. A vontade dela sair da clínica era muito grande. Mas vocês podem ver como ela não estava em condições de sair de lá. A dependência era muito grande. Ela tinha vários problemas, a sua instabilidade emocional predominava. É fácil de perceber, durante a leitura do diário, o quanto ela oscilava emocionalmente. Um dia estava de mau humor, xingava todo mundo, reclamava de tudo. Em outro momento já estava feliz, cheia de planos, com a auto-estima lá em cima. Ela dizia para mim que ia voltar a ser a Fran de sempre, alegre, divertida, que todos gostavam. Mas ela não tinha consciência que a caminhada seria muito longa, que ela iria precisar de muito tempo até voltar a ter uma vida normal. Ela nunca teve consciência da doença. Quando o médico deu alta, ela agiu como uma criança mimada, como podemos perceber. Ficou feliz, abraçou o médico, ligou para todo mundo, como quando uma criança ganha um brinquedo novo. Mas a euforia logo passou, quando ela começou a ligar para a família e nós não concordamos totalmente com a atitude do médico. Eu sabia que ela não estava pronta. Vocês vão ler como foi o comportamento dela logo que saiu da clínica. Toda aquela alegria já tinha passado.
Bem, hoje faz 9 meses. Parece mentira. Parece que tudo é um pesadelo. Ainda não conseguimos acreditar ou aceitar que a vida está continuando sem ela. A dor é imensa, ficamos perdidos, sem saber como agir, como lidar com toda a situação. A saudade é enorme. A vontade de conversar, de abraçar, de sentir o cheiro dela, é tudo muito horrível. As vezes dá vontade de morrer junto, de desistir de tudo, porque é muito forte a dor de viver com essa perda, a perda de uma pessoa que amamos tanto. Uma pessoa que faz parte da nossa vida, que está presente no nosso dia a dia, compartilhando as nossas alegrias e tristezas. Eu sinto tanta falta de ligar para ela! Nós brigávamos, eu discordava das atitudes dela, mas ela era minha confidente. Ela vinha para a minha casa e era como se fosse a casa dela, ficávamos no sofá vendo televisão, conversando, comendo, brincando com a Clara. Isso eu não vou ter com mais ninguém. Porque agora eu entendo quando dizem que alguém é insubstituível. Posso ter vários filhos um dia, vários amigos,  a minha família, mas a Francine não existe mais, essa pessoa viveu conosco por 26 anos, e agora ela se foi, e não volta. As suas características eram únicas, ela era única. E não vai envelhecer conosco. E isso é muito terrível.
Muito obrigada a todos que acompanham o blog. Não esqueçam de sempre divulgar, porque é importante mostrar para as pessoas o sofrimento de uma família. Espero que assim consiga diminuir um pouco o uso indiscriminado das drogas. Não sei se é possível, mas espero estar ajudando algumas pessoas com todos esses depoimentos.

Um grande beijo
Isabela

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Vigésimo Quinto Dia - Segunda parte

Continuação.....

Falei tudo o que estava sentindo, disse que cada dia sentia uma coisa, que ontem estava estressada, deprimida e liguei para o meu pai pedindo para ir embora no sábado. Falei com minha irmã e meu irmão também. Fiquei com medo da recaída, contei tudo para ele. Mas fui sincera em dizer e aceitar o que ele falasse, pois sou veterinária e não psiquiatra, mas sou louca, não sou normal! Então iria aceitar a decisão dele, se fosse pra eu ter alta sábado, quarta, ficar mais 15 dias ou 3 meses, disse que reconheci a cagada que fiz na minha vida, a decepção com meus pais, que a vida lá fora me espera e meus clientes também, que amo minha profissão e minha família e vou mostrar para todo mundo como sou forte e como consegui e vou aguentar. Ele disse: tens que mostrar para ti mesma. Chorei, chorei, chorei, quando ele disse que eu estava de alta sábado a partir das 10 da manhã, depois do grupo, nem acreditei, disse que gostaria de continuar a terapia com ele e se possível auxiliar numa terapia familiar pois vai ser preciso. Ele aceitou e disse que amanhã vai prescrever toda a medicação e só poderei voltar a beber daqui a 6 meses. Chorei mais ainda kkkkkkkkkkkkkkkk. Mas vamos seguindo o tratamento, vou mostrar a FRANCINE DESCHAMPS QUE SOU PRA TODOS!!!! Vou conseguir e conquistar a confiança de todos novamente! Porrraaaaaaaaaaaaaaaaaa mas tem o casamento do meu irmão em novembro e a micareta também.....sacanagem! E o Natal? Reveillon? Uma tacinha de champanhe pode? Isso não poooooooooooooodeeeeeeeeeeeeeeeeee? Hahahaha
Saindo da consulta ele deu um aperto de mão, pedi um abraço agradeci muito, agradeci pelos esporros e pedi desculpas por ter reclamado algumas vezes, mas aqui é um lugar maravilhoso! Daí ele disse: pronto, agora liga para o teu pai e dá a boa noticia! Liguei, aliás, dei um toque (pra não perder o costume,) ele retornou. Eu estava chorando de felicidade e ele triste, sei lá, me perguntou se foi eu que pedi para sair no sábado.....fodaaaaaaaaaaaaa, tentei explicar, daí ele perguntou: porque estás chorando e eu disse: de felicidade! Liguei para a mãe: primeira coisa que ela falou: a encrenca vai voltar é? Dei risada, vi que ela estava feliz ainda mais que o níver dela é domingo!!! Também disse que não fui eu quem pedi, foi ele que deu o diagnóstico. Liguei para o meu irmão e a mesma coisa....porrraaaaaaaaaaaaaaaa não fui eu caralho, foi ele que me deu alta merda! Já me estressei! Bem, daí a moça da recepção disse para mim que elas não iriam deixar eu ir embora hahahahaha! Deu para sentir que gostam mesmo de mim. Entreguei a caixa de bombom semana passada para os 2 médicos e demais funcionários. O pai vem me buscar sábado de manhã e vamos direto pra Itapema, meu irmão vai estar lá. Só não consegui falar com a minha irmã, a mãe disse que ela estava dando aula e que nem adiantava ligar. Amanhã eu ligo, dou toque hahahaha!
Entreguei os telefones da minha casa para o Dr. entrar em contato com meus pais e avisar sobre minha alta, que não fui eu quem pedi.
Tive uma estratégia....vou imaginar como se eu tivesse grávida daí não bebo!
Pedi um misto e um Nescau quente as 17:30 hs, comi de felicidade!
Jantei com Dona Elaine, conversamos bastante e olha só: ela nunca foi casada, morava com os pais, eles morreram, ela não tem filhos, só sobrinhos, se viu tão sozinha sempre e morando sozinha agora que entrou em depressão, mas não tem doença nenhuma e comemorou 68 anos aqui bem conservada. Sempre bem humorada (a Fran Fran, tá boazinha?)( detalhe dela: sempre esfregando as mãozinhas e vestida com seu conjuntinho vermelho) A Silvana também, nossaaaaaaaaaaaaa como melhorou, sério mesmo, estamos todos impressionados. Ela disse que há 22 anos se tratou com depressão com o Dr João e agora voltou novamente. Estou tão feliz. Depois da janta rezei agradeci e muito muito muito a Deus, todos os espíritos bons, tia Nesinha, tia Arminda, Terezinha, família e todos que sempre torceram e oraram pela minha recuperação! Graças a Deus, o primeiro passo foi dado e terei que enfrentar muitas barreiras ainda!
Dia felizzzzzzzzzzzzzzzz acabei de tomar medicação, são 22:30 hs, vou ler um livro e dormir feliz. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh a Carol me ligou! A mãe pediu para eu não contar para ninguém, mas contei....ela ficou muito feliz e sábado vai estar em Itapema e vai lá em casa me dar um abraço....que ommmmmmmmm, que saudade!!!! Vida novaaaaaaaaaaaaa graças a Deus!!!!!!!!!!!!!
Boa noite! Só por hoje......não se preocupem é só água que estou tomando agora! MAIOR CHUVA AQUI!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Vigésimo Quinto Dia

Escrito por Francine:

9 DE JULHO- 25 DIAS - QUINTA-FEIRA


Dia mais ansioso da minha vida. Acordei feliz, alegre e bonita. Pra variar comi umas bolachinhas antes do café da manhã. Me acordaram as 7:00 hs ,ninguém merece. Mas hoje merece tudo...Café da manhã básicoooooooooooooo, depois tivemos grupo de leitura, pra variar quase dormi, aliás, é só entrar naquela sala que me dá um sono desgraçado. Leituras legais e a minha foi sobre clientes, maneiras de tratar, tendo um retorno. Te entregavam um livro e você abria em qualquer página e lia e e eu abri bem nesse, foi bem interessante. Depois subi para o meu quarto e dormi meia hora. As 10:55 hs tivemos uma brincadeira assim: colocávamos uma folha em branco nas nossas costas e cada um tinha que escrever uma qualidade nas costas do outro, meu Deussssssssssss imagina 18 loucos rodando numa sala escrevendo nas costas do outro....se fosse pra escrever merda ia sair cada coisa, porque escrevendo qualidades já demos risada...a Silvana mesmo, cada um que ela ia escrever ficava tonta e dava risada. Na do Júlio quase avacalhei mas ele iria saber que era eu, iria escrever: insuportável , não sai do lugar, fala sempre as mesmas coisas, se acha e não é merda nenhuma, tarado e vai tomar no cu. Nem lembro o que escrevi mas acho que escrevi assim: um cara legallllllllllllll(deu pra entender). Depois cada um tirou o seu papel das costas e leu. Só o dele ele ficou agradecendo meia hora, quase saí da sala. Olha só o que escreveram para mim: as qualidades: Comecei a ler, as duas primeiras qualidades: tranquila, tranquila: olhei bem sério pra todos e falei: mentira, não sou nem um pouco, sou estressada e dei risada, daí todos falaram e inclusive a enfermeira: Francine você melhorou muito desde que chegou aqui e é muito tranquila sim, pode guardar isso como uma qualidade. Continuando na ordem: inteligente, vive feliz, agradável pessoa, bonita, charmosa, bonita, amiga, amiga, sincera, sensível, inteligente, bonita, meiga, observadora e inteligente, bonita, bonita, amigona, linda...Pronto! Agradeci e todos aplaudiram. Tenho o papel guardado para mim.
Logo depois almoçamos e resolvi ligar para minha cliente Marli para saber se recebeu a carta.Recebeu, adorou, se emocionou e chorou um monte. Disse que me amava e para eu não deixar dela nunca...hahahaha tadinha! Ela acha que estou em SP fazendo um curso. Disse que em agosto estava de volta.
Almocei purê de batata com feijão, 2 pratos, devo ter engordado 2 kg, e sobremesa depois. Fui dormir 40 minutos. As 14:00 hs começamos a assistir um filme que me emocionei demais (Antes de Partir)...pergunta se chorei? Uma história muito legal e para quem não assistiu vale a pena! Mais um motivo pra eu dar valor a minha vida!!!! Morri de rir com uma cena do filme que falava assim: coisas para o homem: nunca desperdice uma ereção, a outra não lembro e nunca confie num peido kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Realmente!
Não tomei café da tarde de tão ansiosa para a consulta que eu estava!
CHEGOU A HORAAAAAAAAAAAAA!!!!!!

Continua amanhã....

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sinais de Recaída

Quando a Francine estava internada, eu mandei para ela um texto que fala sobre os sinais de aviso de recaída. Então ela começou a dizer que estava tendo todos os sinais de recaída, que precisava sair logo da clínica porque caso contrário. no dia que tivesse alta iria direto buscar droga para usar. Foi uma jogada dela, com certeza, porque ela estava estressada e não aguentava mais ficar lá. E ela teve alta antes do planejado. Vocês podem ver como ela não estava bem, mas achava que poderia continuar o tratamento em casa.
EStou postando aqui esses sinais de aviso. Eles estão resumidos, se alguém quiser o texto completo, pode me pedir por e-mail que eu envio.
Um grande abraço a todos
Isabela

AS FASES E SINAIS DE AVISO DA RECAÍDA


O processo de recaída leva a pessoa em recuperação a sentir dor e desconforto sem o químico. Esta dor e desconforto ficam tão fortes que a pessoa em recuperação fica incapaz de viver normalmente quando não bebe ou usa e sente que beber não pode ser pior que a dor de continuar sóbrio.
Trinta e sete sinais de recaída foram identificados em 1973 por Terence Gorski pela conclusão de entrevistas clinicas com 118 pacientes em recuperação. A pessoa em recuperação tem quatro coisas em comum :
1. a pessoa completa um programa de reabilitação de alcoolismo de 21 a 28 dias;
2. reconheceu que é uma pessoa em recuperação e não pode usar álcool/drogas com segurança;
3. foi dispensada com a intenção consciente de ficar sóbrio permanentemente, se utilizados de Alcoólicos Anônimos/Narcóticos Anônimos e o aconselhamento profissional no ambulatório;
4. finalmente volta a beber, apesar de seu compromisso inicial de permanecer sóbrios.
Os sintomas mais comuns relatados nesta Pesquisa clínica foram compilados num quadro de Recaída retratando os sinais de aviso da recaída. Esses sinais foram divididos em 11.

FASE UM - SINAIS DE AVISO DE RECAIDA INTERNOS.
Nesta fase a pessoa em recuperação se sente incapaz de funcionar normalmente dentro de si mesmo. Os sintomas mais comuns são:
1.1 — Dificuldade De Pensar Com Clareza.
1.2— Dificuldades Em Lidar Com Sentimentos E Emoções.
1.3 - Dificuldade Em Lembrar Coisas.
1.4- Dificuldade Em Lidar Com O Stress.
1.5 — Dificuldade Em Dormir Tranqüilamente.
1.6 — Dificuldades com A Coordenação Física e Acidentes.
1.7 - Vergonha, Culpa e Desesperança.

FASE DOIS - VOLTA À NEGAÇÃO
Nesta, fase a pessoa não é capaz de reconhecer e falar honestamente aos outros o que está pensando ou sentido. Os sintomas mais comuns são :
2.1 - Preocupação Sobre O Bem — Estar.
2.2 — Negação Da Preocupação.

FASE TRES - IMPEDIMENTOS E COMPORTAMENTOS DEFENSIVO
3.1 — Acreditar Que Eu Nunca Mais Vou Beber:
3.2 — Se Preocupa Com Os Outros Em Vez De Si Próprios.
3.3 — Ficar na defensiva
3.4 — Comportamento Compulsivo
3.5 — Comportamento Impulsivo
3.6 — Tendência À Solidão.

FASE QUATRO - CONSTRUINDO A CRISE
Nesta fase a pessoa em recuperação começa a experimentar uma seqüência de problemas na vida causados pela negação de sentimentos pessoais, a se isolar e a negligenciar os problemas e trabalhar duro nisto, surgem dois problemas para substituir cada problema resolvido. Os sinais de aviso mais comuns que ocorrem neste período são:
4.1- Visão De Túnel
4.2 — Depressão Secundária (Leve).
4.3 — Deixar De Planejar Construtivamente.
4.4 — Planos Começam A Falhar.

FASE CINCO - IMOBILIZACÃO
Nesta fase a pessoa em recuperação é incapaz de iniciar uma ação. Passa pelos movimentos da vida, mas é controlado em vez de controlar a vida.
5.1 - Devaneios E Ilusões
5.2 — Sentimentos De Que Nada Pode Ser Solucionado.
5.3 — Desejo Imaturo De Ser Feliz.

FASE SEIS - CONFUSÃO E SUPER -REAÇÃO
Neste período a pessoa em recuperação tem dificuldades em pensar claramente. Fica perturbado consigo própria e com as pessoas ao seu redor. Fica limitada e super-reagem às pequenas coisas. Os sinais de aviso mais comuns nesta fase são:
6.1 —Período De Confusão
6.2 — Irritação Com Os Amigos.
6.3 — Irritado Facilmente.

FASE SETE - DEPRESSÃO
Neste período a pessoa em recuperação fica tão deprimida que tem dificuldade de se manter na rotina diária.
Às vezes pode ter pensamentos de suicídio, beber ou usar drogas como uma maneira de terminar com a depressão. A depressão é muito forte e persistente e não pode ser ignorada facilmente ou escondida dos outros. Os sinais de aviso mais comuns que ocorrem neste período são:
7.1 — Hábitos Alimentares Irregulares.
7.2 — Falta De Iniciativa
7.3 — Hábitos De Sono Irregulares.
7.4 — Perda Da Estrutura Diária .
7.5 — Período De Profunda Depressão.

FASE OITO - PERDA CONTROLE DO COMPORTAMENTO.
Nesta fase fica incapaz de controlar ou regular o comportamento pessoal e os horários do dia. Existe ainda uma negação forte e falta de uma consciência de estar fora de controle. Sua vida fica caótica e muitos problemas se criam em todas as áreas da vida e na recuperação. Os sinais de aviso mais comuns nesta fase são:
8.1 — Participação Irregular Nas Reuniões De Tratamento E No A.A/NA
8.2 — Desenvolvimentos De Uma Atitude De Não Tenho Nada Com Isto.
8.3 — Rejeição Aberta De Ajuda.
8.4 - Falta De Satisfação Com A Vida.
8.5 — Sentimentos De Impotência E Desesperança.
FASE NOVE - RECONHECIMENTO DA PERDA DE CONTROLE
9.1 —Auto Piedade.
9.2 — Pensamentos De Beber Socialmente.
9.3 —Mentiras Conscientes.
9.4 — Perda Completa De Auto Confiança.

FASE DEZ - REDUÇÃ0 DE OPCÕES
10.1 — Ressentimentos Insensatos
10.2 —Para Todo O Tratamento Profissional e do A.A/NA
10.3 — Esmagadora Solidão, Frustração, Raiva E Tensão.
10.4 —Perda Do Controle Do Comportamento.

FASE ONZE - VOLTA AO USO DO OUÍMICO OU COLAPSO FISICO E EMOCIONAL.
11.1 — Volta Ao Uso Controlado De químicos
11.2— Vergonha e Culpa.
11.3—Perda de Controle
11.4— Problemas de Vida e de Saúde