terça-feira, 9 de novembro de 2010

De 5 a 8 de outubro

Na segunda-feira, dia 05/10, liguei para a Jaira, assistente social que trabalha com o Dr. Marcos Zaleski, marcando uma consulta para o dia 09, sexta-feira. Não falei nada para a Francine.
Na terça-feira ela teve consulta com a psicóloga. Quando ela chegou em casa ao meio-dia, eu liguei para saber como foi. Ela me disse: "a psicóloga disse que eu estou toda perdida, que estou com depressão. Mas tá bom, agora eu preciso desligar porque tenho que almoçar e trabalhar". Eu tinha combinado de ir nessa consulta com ela, mas como já tinha marcado de ir na Jaira na sexta, dei uma desculpa e não fui. Não consigo sair tanto das minhas atividades, já que moro em outra cidade.
Na terça a noite ela saiu com uma amiga, não sabemos onde elas foram. Mas depois descobrimos que ela não ficou o tempo todo com essa amiga. Na verdade foi só uma desculpa para ela sair de casa.
Na quarta-feira a minha mãe falou com a psicóloga e ela disse que a Francine tinha tido uma recaída, mas havia sido um caso isolado. Que o problema dela agora era a depressão, e não a droga. A depressão precisava ser tratada. A psicóloga não percebeu que ela estava muito mal.
Na quarta-feira a noite meu irmão estava na casa dos meus pais. Ele foram ao shopping e ela não quis ir junto de forma alguma. Eles ficaram preocupados. Ele me ligou pedindo para ligar para ela e ver se estava tudo bem.
Liguei e ela me disse que ia ficar em casa porque na terça ela tinha dormido muito mal, pois estava sem o diazepam. Mas já tinha comprado e ia tomar para dormir. Perguntei se estava tudo bem e ela disse que sim, só estava cansada. Disse que queria falar com o meu marido. Pedi para ela ligar no celular dele, mas ela acabou não ligando.
Na quinta-feira meus pais disseram que foram buscá-la no trabalho para almoçar e ela estava toda atrapalhada com umas fichas que ela estava organizando. Ela dizia: eu não consigo arrumar isso, está tudo bagunçado. A noite ela ficou em casa com a minha mãe e não conseguia dormir. Ficava folheando uma revista sem prestar atenção.
Na verdade, só depois percebemos que ela usou droga durante várias vezes nessa semana. Pelas suas atitudes, pelo jeito que ela se comportou. Ela deve ter comprado uma quantidade maior e foi usando no decorrer da semana....

Beijos
Isabela

5 comentários:

  1. http://www.youtube.com/watch?v=8LwevgNPbzc

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  2. nossa, eu fico angustiada ao ler o relato da ultima semana de vida da Fran, fico imaginando o sofrimento da familia, da sua mãe!!!!
    Que Deus esteja com a Fran onde ela estiver, lembrei dela no dia de finados, é tão estranho pq eu nem a conhecia.
    Gisele

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  3. Essa semana falei com ela depois da consulta do psicólogo. Ela me contou q tava com depressão e q ia começar a tratar isso agora. Nem sonhava q ela jah tinha tido uma recaída, pensei q estivesse em depressão por tudo q ela tava passando, pelo o esforço q ela tava fazendo em voltar ter a liberdade dela e ter q enfrentar toooodo os oobstáculos.

    Carol Souza

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  4. que triste...
    Uma pena ter acontecido isso.
    Saudades Fran

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  5. olha Isabela, por experiencia própria vou te dizer que a Francine nunca precisou comprar cocaina já que seu "amigo" tinha muita. Isso pode ter sido o fato crucial na vida e na morte dela, pois ela usava a vontade, muitos usuarios de drogas não podem usar toda a quantidade que seu corpo pede, pois falta $$ ou por ter que ir na "boca" buscar, entao isso torna um uso mais leve, no caso de sua irma, ela tinha tudo, o cara dava.

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