sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Dia 23 de Agosto

escrito por Francine:

23/08/09

Levantei as 9:00 h, comi e voltei a dormir, acordei as 11:00 h pra me arrumar. O planejado era levarmos almoço para uma tia e depois almoçarmos fora para esperar a minha irmã (minha sobrinha passou o final de semana conosco). Voltando da casa da minha tia, pedi para ficar em casa e não ir almocar fora, que eu fazia um miojo.
Fiz o miojo, fumei meu cigarro e arrumei o apartamento, limpei, guardei as coisas da Clara, tudo bem tranquila.Como se fosse meu apartamento e eu morasse sozinha nele. Foi bom para mim. Quando chegaram, eu e minha mãe brigamos, por causa da história de ontem. Ela acha que eu usei droga. Entrei em desespero, brigamos feio. Disse que iria fazer exame. Minha irmã me puxou para o quarto e conversamos....eu enlouqueci....entrei em total descontrole. Disse que não havia usado droga, que eles não estavam sabendo diferenciar, que só viam meus defeitos, que eu não sabia da onde estava tirando tanta força...minha irmã explicou dizendo que eles tem medo, que eu tinha que entender, mas eu disse que aquilo eu não iria entender. Disse que fazia todas as minhas coisas de porta aberta, deixava minha bolsa aberta e tal, que estava sendo muito forte. Odeio ser julgada por algo que não fiz. Me descontrolei. Minha irmã disse que acreditava em mim, mas tinha muito medo ainda. Eu entendo, mas eles tem que colaborar também. Fui na casa de um amigo, do Amauri, comprei minha cerveja sem álcool, cheguei lá e desabafei. Ele me conhece e sabia que eu estava falando toda a verdade. Entao ele inventou de fazer um marisco que já estava descongelado e resolveu ligar para meu pai para perguntar como fazia, se era refogado, sei lá, mas a mãe atendeu e ele começou a falar de mim, disse que eu cheguei um pouco nervosa, mas já estava calma e ele tinha certeza que eu não tinha usado nada. Depois falou com o meu pai e disse a mesma coisa e até falou que se desconfiasse de algo falaria confidencialmente com ele. Então perguntou sobre a receita.Tudo certo. Eu não pedi nada para ele ligar. Até me surpreendi que ele falou isso. Achei até que meus pais iriam gostar. Voltei cedo, não falaram nada. Fiquei de mau humor com os dois até terça a noite.


Dá para ver como era difícil lidar com ela. É isso que eu sempre quero dizer, a Francine não aceitava ser contrariada. Com tudo o que aconteceu, era normal pensarmos numa recaída. Ela ficava brava se desconfiássemos dela. Mas ela mentiu por quase um ano. Então como conquistar a confiança assim, de repente? E a cerveja sem álcool? Totalmente sem sentido, num domingo a tarde, indo na casa de um amigo. Era óbvio que ela não estava preparada para seguir a vida normalmente!

Um comentário:

  1. Ë difícil entender pq a Fran tinha esse comportamento, o fato de ter comprado uma bebida antes de ir pra casa de um amigo ficou parecendo que só uma cerveja iria resolver o problema ou então que precisava daquilo pra se acalmar, pra desabafar como ela mesmo disse "tomei a cerveja e desabafei"...dá para ver o grau do transtorno que ela tinha com relação a bebida....e os seus sentimentos estavam a flor da pele...totalmente descontrolada com vocês pessoas da família...realmente a minha amiga não estava bem...E de pensar que logo fará um ano que ela não se encontra mais entre nós...já dá vontade de chorar!!! Bella, rezo todos os dias por vcs
    Um beijão

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