quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dia 04/10

Dia 04/10

Era domingo. A Francine acordou cedo. Tomou café e deitou novamente. Ao meio-dia eu fui chamá-la dizendo que iria sair e ela ia ficar em casa com meu marido e minha filha. Ela acordou, almoçou com eles, lavou a louça e disse que tinha que ir embora, que ia para a Lagoa (Lagoa da Conceição) porque lá era muito legal e tinha bastante agito. Meu marido tentou convencê-la a ficar, mas não adiantou. Só pediu para ela ligar quando chegasse em casa. Ela chegou nos meus pais e já saiu.
Eu tinha ido para Florianópolis fazer um concurso. Quando terminou a prova, passei na casa de meus pais e eles disseram que ela tinho chego e saído. Fiquei muito preocupada. Liguei para meu  irmão pedindo para ele ir na minha casa a noite para conversarmos.
De noite, conversei com ele e decidimos que realmente ela deveria trocar de médico. Decidimos pedir ajuda para a Assistente Social que trabalha com esse outro médico, o Dr. Marcos Zaleski, a Jaira.
Os meus pais estavam esgotados. A Francine tinha pedido para eles a deixarem em paz, não ficarem mais cobrando nada dela.
Eu e meu irmão ligamos para ela a noite, ela ainda não tinha voltado para casa. Pedimos para ela ir embora porque já era tarde e nossos pais estavam preocupados. Ela disse que já iria.
Pedi para a minha mãe perceber como ela estava quando chegasse em casa. Mas ela chegou e foi direto para o quarto, de lá não saiu.
Dormi  muito preocupada naquela noite.

Beijos
Isabela

6 comentários:

  1. Afff como eu fico triste lendo isso, em saber q eh verdade!! Acho q nesse find pela atitude dela ela usou nesse find.

    Carol Souza

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  2. Imagino como foi complicado para a família... ela nao queria se controlada nem fiscalizada, nao tinha nocao do quanto isso a ajudaria nesse momento.

    Muita forca pra voces da familia da Fran.

    Taís - Salvador/BA

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  3. Preferia que o preço não fosse uma vida, mas tenho que comentar que os seus relatos estão sendo muito úteis para eu mostrar para meus dois filhos adolescentes, que não é só o bandidinho, o mau elemento, o morador da favela, o menos favorecido, o filho de familia desestruturada, que morre por overdose.
    Pode acontecer com qualquer um, e por melhor que seja a sensação que a droga nos proporcione, ela nunca é inocente e inconsequente.
    Sou veterinária como a Fran, isso me fez ficar ainda mais penalizada.
    Parabéns pela iniciativa. Você não é capaz de ter a dimensão do alcance da mensagem que está sendo enviada através do blog.

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  4. tenho 20 anos e sou ex dependente quimico..
    lendo a historia da Francine me dei conta como isso é grave.. as vezes achamos q essas coisas nunca acontece.. dps q li e reli varias vezes pude perceber .. que a familia eh tudo! e na maiora das vezes nao demos a merecida atenção .. e graças a esses relatos.. tenho ficado mais em casa com meus pais .. as amizades realmente influenciam a pessoa.. e basta querer!
    e eu estou a 2 meses sem usar ..
    mta força pra voce Izabella!
    um grande abraço!

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  5. Oi Isabela,
    Ontem vi um programa na Band chamado "Tribunal na TV", e contava a estória de uma garota de classe alta, estudante de Direito, que se envolveu com drogas por causa da influência de uma "amiga" da faculdade. O final foi bem trágico... Impossível não lembrar da Fran, mesmo a garota sendo bem diferente dela, diferente da Fran ela tinha problemas com a família e dependia financeiramente dos pais. Mas é muito chocante e também serve de alerta para que os jovens nunca entrem nessa. É possível ver os vídeos no site do programa: http://www.band.com.br/tribunalnatv
    Bjs!

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  6. Olá, não pude deixar de acessar o blog, depois de ler a matéria que saiu no Diário Catarinense. Achei maravihosa a sua iniciativa Isabela, muitas vidas serão salvas graças a ela pode ter certeza disso.
    Eu também como muitos que passam por aqui, tenho alguém querido com envolvimento em drogas, um namorado, que era úsuário, digo era por que tenho certeza que com a força de Deus e do nosso amor, esse fato seja uma página virada em nossas vidas.
    Já fazem alguns meses que ele não usa, e quando o conheci não sabia disso, não aparentava, trabalhava, estudava, tinha uma vida muito boa aparentemente, aí ele me contou, foi um choque, mas decidi ajudar. Ele não queria se internar pq já havia se internado umas 5 vezes, disse que conseguiria sozinho, que naõ queria ficar longe de ninguem, que era muto triste lá, e que cínica não recupera ninguém... Enfim ficou... foram duas recaídas, muito tristes para todos, mas não desanimamos, eu disse que não queria mais ve-lo assim, e que tinha q ser a ultima vez, então enfim ele colocou na cabeça e nunca mais...
    Foi dificil, os momentos de angustia, que ele tinha vontade de usar, eu pedia pra ele me ligar qdo acontecesse que iria acalmá-lo, e assim foi, crises de abstinencia, depressão, ...
    Mas sempre consultando o médico, informando tudo a ele, e tomando medicação, que era trocada sempre...
    Hoje já fazem 6 meses e agora posso dizer que temos omentos de paz, alegria e felicidade pura... ele está recuperando a vida que tinha antes, mas sempre rola um cuidado maior, mudança de rotina e outras coisas...
    Um dia ainda escrevo sobre como foi o processo dele e o alcance da vitória sobre esse lixo que é a droga...
    A mensagem que deixo é que é possível sim, nunca desistam!
    O amor e Deus podem tudo...

    Um grande beijo e força Isabela, obrigada por nos ajudar, contei essa historia da Fran pro meu namorado e ele derramou lágrimas e agradeceu a Deus por tudo...

    Ana Luíza S.

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