segunda-feira, 20 de setembro de 2010

livros

Oi Pessoal,

Vocês já leram o livro ou assistiram o filme "Meu nome não é Johnny"?
Eu recomendo, principalmente o livro, que é muito mais rico e completo.
Ele é uma lição de vida, principalmente para quem tem algum problema que acha difícil superar.
Conta a história de João Guilherme Estrella, um jovem de classe média alta que se torna traficante no Rio de Janeiro, nos anos 80 e 90. Conta tudo o que ele passou, desde as festas até a sua prisão num manicômio por dois anos. O livro é muito bem escrito, mas o que mais impressiona é o final, quando ele é libertado e tem que começar a vida de novo. A força de vontade dele é impressionante, o quanto ele luta para sobreviver.
Eu conversei com o João Estrella, por telefone e por e-mail. Quando falei dessa parte da história depois que ele está livre, ele me disse que na época não pensava que estava fazendo um enorme esforço,  fazia isso porque era a'única opção fora do mundo do tráfico, porque tinha que se reerguer e continuar a vida. Vale a pena ler o livro!!!!
E me perguntaram se eu já li "Férias"da Marian Keyes. Também já li, faz alguns anos, antes de eu imaginar que iria passar por tudo isso. É um livro de ficção, de uma moça que é internada para se tratar da dependência química. Lembra muito as histórias da Francine na clínica, com suas histórias divertidas.

Um grande beijo
Isabela

5 comentários:

  1. Primeiramente gostaria de te Elogiar, e nem sei ao certo o que dizer, pelo que vc estar fazendo Isabela, usando a historia da sua irma, ter q reviver tudo isso, pensando em ajudar pessoas que talvez desconheça...Parabens!!é uma linda iniciativa!!Descobri o blog por uma comunidade do Orkut q nao eh a PGM, revirando la eu vi e entrei, passei a tarde toda sem desgrudar do pc, li inteira e com certeza me deu luzes pra lidar com certos problemas, que no meu caso nao é drogas...ou pode ate ser, mas de entes queridos...portanto, vai ser mto util e bem divulgado seu Blog!!
    Parabens!!é uma pessoa maravilhosa, e sei q onde quer q sua irma esteja, sabe do que vcs fizeram, q nao foi por mal, e o q vc faz ateh hj!!Parabens!!e Mtas forças...pois a caminhada sempre eh dificil!!
    Q Deus abençoe e ilumine a todos vcs!!

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  2. tenho lido suas postagens, entendo sua dor, passo por problema semelhante. Hj li uma postagem anterior , de um estudante de psicologia que tem um irmão dependente.. foi muito bom para mim ler o que ele disse.. que não devemos isolar a pessoa , mas sempre dialogar e ouvir a vontade dela.Estou sempre a procura de orientação, visto viver há 15 anos com este triste problema.Agradeço a vc a oportunidade que vem atraves de seu blog.Desejo muita ´paz a vc e sua familia.

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  3. Isa, eu li o blog num dia só, me emocionei, ri, senti raiva, mais o maior sentimento é de amor. Você tem sido muito guerreira em postar toda essa história, remexer nesse assunto tão dolorido. Ja perdi um irmão com 18 anos, não foi drogas, mais foi uma perca tbm e entendo sua dor. Desde quando li o blog, mando energias positivas pra vc e sua família. Forças e um grande beijo!

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  4. Isabela,faz tempo que acompanho o blog e nunca deixei nenhum comentário, mas, como é incrivel o jeito que as pessoas se sentem próximas da fran,se envolvem, como se fossem suas amigas,eu por exemplo, venho aqui todo dia pra ver se tem algum post novo, e concordo com o que dizem,você deveria fazer um livro deste blog,eu compraria de certeza. Você mostra ser uma pessoa de muita força por estar reescrevendo um momento muito triste da sua vida,lhe garanto que você está ajudando muitas pessoas a superarem seus problemas e ter a chance de recomeçar suas vidas, escolhendo melhores caminhos.Um beijo pra você e pra toda sua familia

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  5. Hoje recebi esta poesia e me lembrei muito da Fran,
    A UM AUSENTE

    Tenho razão de sentir saudade,
    tenho razão de te acusar.
    Houve um pacto implícito que rompeste
    e sem te despedires foste embora.
    Detonaste o pacto.
    Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
    de viver e explorar os rumos de obscuridade
    sem prazo sem consulta sem provocação
    até o limite das folhas caídas na hora de cair.

    Antecipaste a hora.
    Teu ponteiro enlouqueceu, enlouquecendo nossas horas.
    Que poderias ter feito de mais grave
    do que o ato sem continuação, o ato em si,
    o ato que não ousamos nem sabemos ousar
    porque depois dele não há nada?

    Tenho razão para sentir saudade de ti,
    de nossa convivência em falas camaradas,
    simples apertar de mãos, nem isso, voz
    modulando sílabas conhecidas e banais
    que eram sempre certeza e segurança.

    Sim, tenho saudades.
    Sim, acuso-te porque fizeste
    o não previsto nas leis da amizade e da natureza
    nem nos deixaste sequer o direito de indagar
    porque o fizeste, porque te foste

    Carlos Drummond de Andrade

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