quinta-feira, 22 de julho de 2010

Segundo dia fora da clínica

Dia 12 de julho – segundo dia fora da clínica

Escrito por Francine:

Aniversário da minha mãe. Ao chegar ao restaurante meu irmão pediu para eu sentar em um lugar que tinha muito vento e eu não aceitei. Pedi então para fechar a janela. Ele se revoltou. Logo meu pai chegou e pediu para sentar onde eu estava. Eu e meu irmão discutimos novamente, levantei do lugar para sentar em outro e sem me controlar mandei ele “tomar no cu”, bem alto no restaurante e ele respondeu: quer levar um soco? E eu disse: vamos ver quem ganha. Depois meu humor melhorou, fomos para Florianópolis. Fiquei feliz ao falar com duas amigas por telefone.

Observações:
Ela estava visivelmente irritada, de mau humor, não queria muita conversa. Nestes primeiros dias ela já começou a tomar as rédeas da situação. Ela queria impor as regras, sempre se fazendo de vítima e deixando claro que se a pressão fosse muito grande ela poderia ter uma recaída. No começo ninguém cedeu, mas com o passar do tempo, essa situação foi ficando complicada. Ela dizia que precisava de um pouco mais de liberdade, que estava bem e deveríamos deixá-la seguir seu caminho. Em nenhum momento o médico chamou meus pais para uma conversa sobre o que ela poderia ou não fazer, só conversaram por telefone. Essa conversa deveria ter acontecido na frente dela, o médico explicando para os meus pais e ela escutando. Porque era ela que fazia o intermédio entre meus pais e o médico. Como confiar numa pessoa doente? Foi tudo muito complicado!

Abraços
Isabela

7 comentários:

  1. Me DESCULPE, mas o médico devia ser tão doente quando os demais internados! INCOPETENTE! Revoltante!

    ResponderExcluir
  2. Pior é saber que esta cheio de médico assim!

    ResponderExcluir
  3. lii a história da fran desde o começo... me emocionei e tals! tbm perdi uma irmã, em 2009 em um acidente de carro!

    Cara a história da fran dava um filme, ou algum documentário!

    ResponderExcluir
  4. Tbm li a historia da Fran desde o começo, me emocionei, chorei, me coloquei no lugar dos familiares, cada frase dela, fico imaginando o seu sentimento, a sua angustia ao escrever tudo aquilo, querendo ter esperança e ao msm tempo sabendo o quando seria dificil. muito triste.. Lamentavel o final nao ser feliz.
    Tenho tbm na familia, um caso de dependente quimico, esta no crack a anos, agora esta preso por tentativa de homicidio, é muito triste pra familia inteira, e no caso da Fran, era linda, uma familia linda, muito amorosa, pelo que percebi nunca lhe faltou nada, tinha um lindo e belo futuro, frustrado por esse maldito vicio, sinto muito pelo que aconteceu e imagino como tenha sido dificil...

    ResponderExcluir
  5. Fiquei muito emocionada com a história da Fran, achei este blog através de uma comunidade do orkut. Força para a família. Abaixo vou colocar um texto muito bonito que eu adoro:

    Se eu soubesse
    Simone leal

    Se eu soubesse que aquela seria a última vez qual veria você deitado em meu colo,
    Eu aconchegaria você mais apertado,
    E rogaria ao Senhor que te protegesse.
    Se eu soubesse que aquela seria a última vez que veria você sair pela porta,
    Eu abraçaria, beijaria e te chamaria de volta, para te abraçar e te beijar mais uma vez,
    Se eu soubesse que aquela seria a última vez que ouviria a sua voz bem de pertinho,
    Eu filmaria cada gesto, cada palavra sua,
    Para que eu pudesse ver e ouvir de novo, dia após dia ou seja para aliviar um pouquinho da saudade.
    Se eu soubesse que aquela seria a última vez que você chorava comigo,
    Dividindo suas tristezas e frustrações,
    Eu mesmo sem muito entender, jamais te deixaria sozinho e dividiria com você todos os seus medos, aliviando assim um pouco dos seus sofrimentos.
    Se eu soubesse que aquela seria a última vez,
    Eu gastaria um minuto extra a dois para parar e dizer:
    O QUANTO EU TE AMAVA E O QUANTO UM SIMPLES SORRISO SEU SIGNIFICAVA PARA MIM!!!!!!
    Ao invés de assumir que você já sabia
    Ah! se eu soubesse que aquele seria a última vez...certamente jamais deixaria você partir


    Beijos

    ResponderExcluir
  6. Forca Isabela, muita forca!

    Estou acompanhando e divulgando o blog! È uma forma de alertar as pessoas !

    ResponderExcluir
  7. Ela devia estar exausta, e tb muitos remédios, quantas reações não deviam dar, muita coisa ela passou na clínica... e se ela não queria sentar no vento, quem gosta de comer no vento? ainda mais com aquele cabelão que ela tinha...
    Eu sempre defendendo ela! rsss

    ResponderExcluir