quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quarto dia fora da clínica

Dia 14/07 – Quarto dia fora da clínica

Escrito por Francine:


Psicóloga e terapia familiar. Minha mãe conversou com a psicóloga e me estressou. Fiquei cansada ao andar pelo Centro a tarde. Fiquei muito feliz e chorei quando encontrei e abracei a Carina, uma amiga minha.
Durante a consulta disse que estava ansiosa para que acontecesse tudo muito rápido, para que voltasse minha vida normal rápida. Parecia estar bem.
Fui ao dentista (sempre acompanhada do meu pai ou minha mãe)
Ao deitar, a noite, tive sentimento de tristeza e dificuldade de chorar, mesmo querendo muito.
Também fui a um lugar para me benzer. Fui ao médico da perícia, por causa do meu afastamento do trabalho e deu tudo ok, sem stress.

A recomendação era que ela não poderia sair de casa sozinha, de forma alguma. Era como se ela estivesse internada, pois sempre precisava estar acompanhada por alguém de muita confiança.
Nesses dias ela não tinha celular, não podia dirigir, só falar no telefone com alguém que meus pais soubessem, e fosse de confiança
Quanto a consulta com a psicóloga, a Francine achava que sabia tudo e ninguém poderia se meter. Ela queria ditar as regras.

Beijos
Isabela

14 comentários:

  1. Esse era bem o jeito da Fran se comportar mesmo....sem querer que ninguém se metesse na sua vida!!!! Uia bicha teimosa....Morro de saudades dela!!
    Bjos

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  2. Parece mentira que ela se foi!
    meu Deus mesmo eu não conhecendo ela eu sinto essa perda.
    Sou teimosa e metida a sabichona como a Fran.
    Queria ter sido amiga dela.
    Imagino o que passava na cabeça dela!
    Um beijo Isabela e conforto para sua familia.

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  3. Ontem, minha veio com uma linha e agulha, pra eu colocar pra ela! adivinha de quem lembrei? apesar de nem conhecer?! Da fran , falando da mulher internada com ela que molhava a linha de cuspe e pedia pra ela colocar na agulha! rsss....é impressionante, nao conhecemos ela, mas parece que conheciamos! A gente se apega.

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  4. Eu me lembro muito bem dessa primeira semana dela fora da clinica, ela não tinha condições de andar sozinha...acho q os remédios eram muito fortes, ela fica sonolenta e perdia o raciocinio, pelo mesno era assim q ela estava qdo eu passei um dia no centro com ela resolvendo as coisas dela!!

    Carol Souza

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  5. Acabei de ver na TV o caso de uma moça que fugiu de casa porque o pai sugeriu que ela se internasse em uma clínica. Por coincidência, a moça tem 26 anos e ficou 11 dias desaparecida. Hoje ela voltou pra casa e aceitou se tratar. Está parecendo um zumbi. É muito difícil isso, meu Deus!

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  6. Isabela
    Ler o blog prá sua irmã, principalmente quando vc posta sobre o diário dela, dá a impressão que ela conviveu conosco, pessoas que na verdade nunca conhecemos. Eu já passei por muita coisa, apesar de professora, pedagoga, pós graduada em psicopedagogia muitas vezes fico pensando nos medos que tenho, fico pensando se sou só eu que sinto isso.
    Nunca postei em blog por medo de alguém da minha familia ficar chateado comigo, pois muitos não aceitavam e outros sentem vergonha até hoje e fazem de conta que nada aconteceu.
    Você me deu a coragem de escever, desabafar. depois mando o endereço se vc ou alguem quiser compartilhar isso comigo, ou como digo, exorcizar prá sempre meus segredos. Obrigada pela mostra de coragem.Luciana
    lucianaruzzante@hotmail.com (msn)
    luciana.Tozzo (orkut)
    Vou fazer o blogspot e passo o endereço. Toda a crítica será muito bem vinda.Obrigada

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  7. Acompanhei a história da "Fran", li tudo qe ela escreveu, todos os dias. Ela era muito engraçada, viva, MARAVILHOSA. Gostaria muito qe o final tivesse sido diferente. Abraços.
    [Isabela, parabéns pela iniciativa, tenho certeza qe esse blog ajuda muitas pessoas.]
    Com carinho,
    Brunna!

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  8. Isabela,

    Conheci o Blogger ontem. A historia da sua irmã é emocionamente... Chorei diversas vezes.

    Talvez fosse legal voce organizá-la posteriormente para a publicação de um livro mostrando o lado da pessoa envolvida na droga, o que ela faz para ajudar famílias e usuários entenderem melhor o que se passa e para que algumas vidas possam ser salvas.

    Parabens pelo blogger,

    Com carinho
    Renata Cordeiro

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  9. hj conversando com meu marido disse:
    - sabe a Fran?
    - q Fran?
    -Aquela minha amiga, a do blog...
    - mas ela era sua amiga??????
    tenho certeza q eh assim q todos nos q nao tivemos a oportunidade de conhece-la no passado, nos sentimos agora. Muitas vezes me pego falando sobre a "Fran" como uma amiga de longa data. Seus textos nos deixam a vontade, nos fazem olhar mais para nos mesmos, para dentro e mexer bem fundo, nos identificamos com ela na sua simplicidade, fazendo com q entremos em contato com os nossos vicios, ou talvez no dos irmaos, q necessitam do nosso apoio urgente, do nosso carinho e atencao. Me identifico tanto com ela q as vezes me pego com vontade de dar aquele telefonema e chamar pra tomarum chopp...ops, um chopp nao, tambem sou doente, e, apesar de muitos nao me considerarem como tal, ( sou viciada em nicotina ), so eu sei da minha luta e o poder q a droga tem sobre nos. Perdi a conta de qtos tratamentos ja fiz, de qto dinheiro gastei e de qto me sinto escravizada por nao poder viver como uma pessoa normal. Q nos finais de semana, apos dias pesados de trabalho, vai para um barzinho tomar uma cerveja com os amigos...Outro dia, tambem conversando com meu marido, disse a ele q estava triste pq, pelas minhas contas, so teria mais dois meses de Fran... eh, um dia o blog vai acabra. Vai cair no esquecimento, nao virei mais aqui pra descobrir mais um pouquinho das delicias de historias q so ela sabia contar. So um blog, pensei. E disse a ele:
    se para mim esta sendo doloroso, imagina para quem a abracou, sentiu seu perfume, riu com suas risadas e chorou a sua dor? Nao, Isabela, nao deixe q a chama, labareda ou melhor fogueira seja apagada dos nosso coracoes. Esse mundo precisa de historias felizes, bem o sei.Mas tambem precisa de muita ajuda e talvez as palavras dela estejam sendo um balsamo para seu coracao angustiado na espiritualidade. E q todos nos, cada vez viermos aqui, imaginemo-nos entregando um lindo buque de flores para ela. Isabela, escreva um livro..." nao deixe o samba morrer..."

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  10. Oi Elaine, (é esse seu nome?)
    Muito legal tudo o que vc escreveu no comentário acima. Não sabemos o que acontece após a morte, mas tomara que a Francine, onde quer que ela esteja, saiba o quanto está sendo querida por tanta gente. As suas palavras são muito emocionantes, e dá força para continuar.
    Muito obrigada
    Beijos
    Isabela

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  11. bela, essa sou eu. http://www.orkut.com.br/Main#AlbumList?rl=ms
    se precisar, estou aqui!
    Elaine

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  12. Oi Isabela....pq vc parou de escrever? Bjos.

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  13. Olá,
    Eu estou escrevendo... Você não está tendo acesso? Já estou no décimo terceiro dia depois da saída da clínica.

    Abraços
    Isabela

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  14. Ela tava confiante de que estava bem, e que nunca mais ia fazer nada... Falava com gosto... sempre lembrando que não queria que a família sofresse!! Doce Fran... se preocupava mais com a família do que com ela mesma... se preocupava em mostrar que tinha mudado... que estava livre das drogas... e estava... foi tudo tão rápido, que não conseguimos nem esticar as mãos...
    Lembro desse dia... saudades sempre !!!

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